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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O que estamos fazendo com as profecias de Deus?


Por Neuza Itioka, em 19/08/2013

Vamos falar a verdade, nós brasileiros somos ufanistas e triunfalistas, não somos? Vejamos, como nós reagimos diante de determinadas situações. Para ilustrar, vamos considerar o nosso futebol. Em todas as copas, sempre começamos dizer: "Já ganhamos, já ganhamos, é Penta, é nossa!". Nós nos orgulhamos dizendo que já ganhamos e que a sorte está ao nosso lado.

Um latino americano, que desenvolve um ministério na nossa nação, me disse que a igreja brasileira tem muito entusiasmo, mas as suas raízes são rasas e não profundas, e assim são facilmente demovíveis. Creio que representantes de outras nações diriam o mesmo sobre nós.

Facilmente nós nos animamos com notícias e fatos aparentemente positivos que enchem o nosso coração de autoestima como nação. Mas, dificilmente, meditamos e refletimos nas suas implicações com profundidade.


Fazemos a mesma coisa com as profecias que Deus tem nos dado, através de homens e mulheres de Deus. Brasil, como nação, recebeu, desde a década de cinquenta, palavras proféticas, levantando o ânimo do povo de Deus e renovando a esperança de que Ele deseja mudar as nossas circunstâncias e o nosso destino.

Cremos nos profetas. A Palavra de Deus diz: "Ouvi- me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis." - II Cr 20.20. As profecias de diversos homens e mulheres de Deus do que Ele faria no Brasil, nos animam a prosseguir crendo nos planos e propósitos especiais e o seu chamado para a nação.

Declaramos e repetimos as promessas de Deus. No início de década de noventa, quase não podíamos acreditar do que saía da boca de um profeta brasileiro de que a nossa nação, na época, ainda era como uma prostituta. Era rejeitada, desprezada, massacrada, explorada, mas que Deus iria levantá-la para o patamar do primeiro mundo. Era difícil acreditar em tais palavras. Parecia uma utopia. Mas muitos começaram a orar para que isto viesse acontecer.

Profetas internacionalmente reconhecidos, como Cindy Jacobs, disseram que o Brasil seria conhecido como primeira nação evangélica. Isto, quando ainda o catolicismo prevalecia e a feitiçaria imperava. Já ouvi alguns pregadores dizendo que nunca queriam ver o Brasil evangélico. A questão não é essa. É de que muitos e muitos se converteriam e iriam mudar o panorama desta nação.

Outros trouxeram um recado de Deus, que o Brasil iria sustentar o mundo com a comida produzida neste lugar. E, alguns meses atrás, verifiquei, no horário político, na televisão, um marketing dizendo que o Brasil iria produzir muita comida que sustentaria o mundo com os alimentos. E eu exclamei: “Ei! vocês estão atrasados, pois os profetas de Deus já nos disseram, há muito tempo atrás.”

No início da década de noventa, houve palavras de que o Brasil se tornaria uma Plataforma Mundial de Adoração. Aprendemos também de que um dos dons redentivos da nossa nação é a adoração.

Lembro-me de uma observação de um irmão da nação do hemisfério norte dizendo: “Quando o grupo brasileiro adora a Deus, a unção é derramada de tal forma que o local é tomado pela majestade de Deus. A atmosfera muda para trazer a presença de Deus.” Por isto, o inimigo, Satanás, o opositor de Deus, havia tentado roubar este dom e tem usado para distorcer e destruí-lo, através de celebração, como carnaval, onde a carne é exaltada e os "deuses estranhos" patrocinam tais expressões. Mas a pergunta que se faz diante destas promessas é: Não está havendo distorções e a nossa adoração não está sendo dada a outros deuses?

Ainda Cindy Jacobs, no início do ano 2002, trouxe o recado de que Deus estava para curar a economia do Brasil, com a condição de que a Igreja brasileira fosse convocada para um jejum e intercessão de quarenta dias. Os organizadores da Conferência Profética da época decidiram seguir à risca a recomendação e a igreja brasileira, em diversos lugares, levou a sério o jejum de quarenta dias. Já no décimo dia do jejum começamos a ver os resultados.

Cindy Jacobs continuou a nos trazer o recado de que Deus iria começar a revelar as riquezas escondidas no nosso subsolo: minerais, pedras, ouro e petróleo. E ela, como americana, atreveu dizer, inspirada por Deus, de que Ele estaria colocando o Brasil como objeto de ciúmes para a América, fazendo com que o nosso PIB aumentasse 14 vezes mais do que o dos EUA.

Muitos profetas disseram que as nações do mundo estariam esperando o avivamento que começaria desta terra, pois seria algo que alcançaria todo o resto do planeta.

Don Linch, profeta de Deus, também tem adotado o Brasil, já por alguns anos, por que recebeu a visita pessoal do Senhor que lhe disse que traria um avivamento nunca dantes visto nesta terra, e de que o Brasil era bola da vez.

Cremos sim nelas. Mas, o que na realidade está acontecendo e vemos? Vemos o ufanismo e o triunfalismo deste espírito de “já ganhamos, já estamos no avivamento”. E, na realidade, a nação está sendo governada por um grupo de pessoas com planos claros de modificar o sistema e governo para algo bem autoritário, para roubar a nossa liberdade, colocando uma mordaça. O grande salto planejado por eles seria um grande salto para o marxismo. Estabeleceu-se no governo um grupo corrupto jamais visto e reconhecido. A economia está numa situação péssima, pela má administração. A nossa dívida externa e interna cresceu exponencialmente.

Toda nação está debaixo deste ambiente; a violência se intensifica especialmente no meio dos jovens e adolescentes, que ousam matar a sangue frio pessoas, famílias. A nação debaixo da maldição da impunidade vive um descontrole, seguindo os ditames da Iluminati, da ONU. E o pior, que este espírito está dentro da igreja.

Temos que entender que as profecias são condicionais. Diante destas promessas, temos que tomar uma posição para trabalhar nelas. Se não trabalharmos e levarmos a sério, vamos perder esta nação.

Professor Shybia, mestre da África do Sul, disse que temos que ver a visão que Deus nos dá, escrevê-la, lê-la, correr com ela, orar e fazê-la acontecer, de acordo com o profeta Habacuque: "Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava- a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera- o, porque, certamente, virá, não tardará." Hb 2;1-4

Quando um profeta fala, temos que prestar bastante atenção. Temos de ouvir a Deus e discernir. Por isto que a Palavra de Deus diz que um fale e outros julguem: De acordo com apóstolo Paulo, na I carta aos Coríntios 14 de 29 a 33: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem. Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão, e sim de paz.”

Uma das coisas que devemos fazer é lembrar ao Senhor sobre suas promessas, e de que vivemos por elas, estamos crendo naquilo, e começar a gerar "o prometido" através de oração e intercessão. E cremos que há muita gente fazendo isto.

Mas, temos que admitir e nos arrepender da nossa leviandade e triunfalismo. Não fazemos a nossa parte da forma como Deus deseja. Comportamos como se a coisa já estivesse acontecendo. E não fazemos a nossa parte que é interceder para valer, orar e clamar, gemer, carregando o peso, entrando em quebrantamento e ter dores de parto por aquilo que Deus tem prometido. Isto tem que começar conosco líderes.

Semanas após semanas, como ministério, temos ministrado pessoalmente aos amados pastores e líderes, em todos os quadrantes do Brasil. É verdade, há muita gente séria: homens e mulheres de Deus, humildes, que estão dando a vida ao Senhor.

Mas temos que admitir que uma estranha filosofia e conduta têm invadido a igreja de Cristo no Brasil. Estamos divididos como corpo. Existe muita competição entre os líderes. Os pastores estão debaixo de muita pressão. Hoje o que conta é o tamanho do ministério, o número dos membros. A numerolatria tomou conta da igreja. A popularidade, o aparecer na mídia, hoje se tornou mais importante do que o compromisso com o Senhor: conhecê-Lo na profundidade e estar no centro da vontade de Deus.

Perdeu-se o temor de Deus, no meio dos líderes. Quantos pecados? Quanto adultério e prostituição? Aqueles que se dizem ser condutores das ovelhas, roubando, desviando dinheiro suado do povo que leva os dízimos e as ofertas a Deus. Há muitos que, às escondidas, estão mantendo casos com amantes. Creio que não há necessidade de comentar mais do que isto. Isto é o pecado da igreja; meu e seu.

Que evangelho é este? O Evangelho de tudo pode, da egolatria e estou acima da lei? Mudamos a natureza do evangelho. Jesus foi categórico ao dizer: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?" Lc 9:23-25.

Deus tem abençoado inclusive as finanças das igrejas. Os pastores com facilidade constroem grandes igrejas. Vários dos líderes tem sido bem remunerados. Mas existe uma confusão no meio de muitos de nós. Estamos empenhados mais em construir nossos impérios do que trabalhar para Deus e expandir o Seu Reino. Parece que estamos confundindo, e construindo o paraíso nesta terra.

Hoje, ser reconhecido e receber honra por isto ou por aquilo, pelos feitos e conquistas é mais importante do que dar toda honra, glória e louvor Àquele que de fato merece. Se algo aconteceu e se conquistamos, foi exclusivamente pelo Senhor, por que Ele ousa nos usar, a despeito de nós mesmos. Roubamos, facilmente, a glória que só a Deus pertence.

Estamos lidando com um Deus de misericórdia, que nos tirou literalmente do lixão. A nossa terra, além de ser terra da feitiçaria e idolatria, é a terra de promiscuidade sexual. Um dos nossos imperadores era um maníaco sexual. A sua aventura com a amante está sendo ainda exaltada, nos livros de história. Ela é terra de derramamento de sangue, terra da corrupção. Mas Deus tem esperado a nossa nação se posicionar para obedecê-Lo.

Mas diante da superabundância das promessas, não fizemos a nossa parte, a nossa lição de casa: jejuar, orar, interceder, gemer e ter dores de parto, suficiente, para gerar o verdadeiro arrependimento, que é o início do transformar.

Pois, Deus também trouxe palavras e visões proféticas de julgamento. Recebemos o recado de que Ele visitaria a nossa terra com juízo, e isto viria através de grandes águas. Que a terra brasileira seria partida de cima a baixo, que as grandes chuvas seriam os sinais de juízo. Que as cidades seriam inundadas... os mares iriam avançar. Que muitas cidades ficariam debaixo das águas.

A época da advertência passou, e as coisas começaram a acontecer. Tsunami do porte de Indonésia, não aconteceu... Pois morreram ali mais de dois milhões de pessoas (relato de um missionário brasileiro que viu e verificou a coisa em loco). Mas cidades, como Teresópolis e Nova Friburgo foram atingidas... Partes destas cidades foram engolidas por chuvas. Mais de mil pessoas mortas e desaparecidas. Os bairros das cidades foram abandonados, pelo relato de algumas pessoas. Elas se tornaram cidades fantasmas.

Depois de dois anos, pouco mudou, tudo está da mesma forma. Não há, aparentemente, iniciativa dos responsáveis em fazer alguma coisa? Preferimos como nação maquiar certas cidades e bairros para construir os estádios gigantescos de futebol, cobrando as entradas exorbitantes, acessíveis só aos ricos, a tomar certas providências urgentes e necessárias. E a igreja está fazendo algo? Conheço esforço de gente séria para unir pastores nestas cidades, mas tem sido impedida e desprezada.

No meio de tudo isto, há um grupo fiel que permanece orando e reivindicando a promessa das profecias e se arrependendo pelos pecados das cidades, da nação, por isto o pior não aconteceu. E Deus tem amenizado o seu juízo pelas orações e clamores e dores de parto de muitos.

Muitos tem desenvolvido atos proféticos em obediência ao Senhor. Assim muitos, por todos os cantos da terra brasileira, tem se quebrantado pela terra, jejum, oração e unção de óleo. Assim, temos visto a terra seca florescer, as cidades se transformarem; temos visto certos projetos de leis, projetos esses virtualmente contrários aos princípios cristãos, sendo arquivados. Mas ainda é pouco.

A palavra da Cindy Jacobs, através da Conferência Diante do Trono em março deste ano, Deus está dizendo que estaria dando uma segunda chance. Pois falhamos na primeira? Ele vai derrubar o principado da corrupção e da miséria. Mas Ele também estabeleceu a condição: de clamar dia e noite. É uma convocação de Deus, interceder, chorar, jejuar e clamar.

Chuck Pierce disse neste Congresso de Batalha Espiritual de julho de 2013, de que teremos dois anos, de tempo de estreito, para chegar ao outro lado da benção. Isto significa que dois anos serão tempo de provação, de dificuldade. Por isto, temos que convocar o povo para orar, para que o povo tome consciência em que momento da história estamos vivendo. E a mudança virá por nós, a Igreja.

Se a igreja se humilhar e orar, e se converter de fato dos seus maus caminhos, certamente Deus ouvirá dos céus e sarará a nossa terra.

Mas se nós, como igreja, líderes e sacerdotes da nação, continuarmos dando braços a Leviatã, ao poder secular, ganhando dinheiro iníquo, cooperando e se prostituindo com o deus da segurança, da reputação, fama, egoísmo, corrupção, império próprio, independência de Deus, vaidade humana, luxúria... Deus não cumprirá as promessas.

É hora de arrependimento em todos os níveis... grandes e pequenos, apóstolos, porteiros, profetas, zeladores, mestres, diáconos, pastores e aqueles que trabalham na cozinha... Temos que abandonar a nossa vaidade e os nossos pecados, e buscar o Senhor!!!

Convoquemos o povo a jejuar, interceder, gemer, ter dores de parto para fazer a Promessa de Deus acontecer. Vejamos a visão, escrevamo-la, leiam-na, corramos com ela e façamos acontecer.

Dra. Neuza Itioka

Apóstola Neuza Itioka é Presidente do Ministério Ágape Reconciliação, sediado no Belenzinho, em São Paulo/SP, ministério não denominacional, que tem ministrado individualmente mais de sessenta mil pessoas, e servido a mais de oitocentas igrejas por meio de seminários e cursos intensivos locais.
Membra da International Coalition of Apostolic Leaders, do Conselho Apostólico Brasileiro, da Coalizão Apostólica Profética Brasileira, da Eagles of God Apostolic Intercessory Teams e da Global Spheres Inc. É uma das diretoras da Rede Apostólica de Ministérios Cristãos e Presidente do Projeto Transformação Brasil. Encontra-se debaixo da cobertura espiritual dos apóstolos Rony Chaves e Chuck Pierce.

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